O que antes era tema de filme de ficção científica agora tem se tornado realidade. A Inteligência Artificial tem sido aplicada mais e mais em diferentes áreas do conhecimento - da medicina à educação - e está presente na rotina de qualquer pessoa: em seu smartphone, computador, aparelhos domésticos, carro, trabalho… Mas para onde ela está caminhando e o que podemos esperar na prática em curto prazo?
Simular a inteligência e capacidades humanas está alcançando um novo nível. Um dos marcos ocorreu ano passado, quando uma IA (sigla para o termo) chamada Libratus venceu quatro profissionais em um torneio de No Limit Texas Hold´em no Casino Rivers (EUA). Isso, se deve ao aperfeiçoamento e otimização de pesquisa nessa área de acordo com as tarefas que a IA deve cumprir e considerando novas estratégias e técnicas, como o aprendizado por reforço, tendência mais usada para seu treinamento.
Os testes com a nova assistente pessoal do Google fazendo ligações, reservas e marcando compromissos com um elevado grau de interação humana foi outra conquista recente. As pessoas do outro lado da linha não conseguiram identificar que se tratava de um robô, já que ele é programado para “entender o contexto”, reagir a perguntas inesperadas e falar com maior fluidez. Incrível, não?
A Inteligência artificial já está também conseguindo criar coisas sozinha, como a estrela do recente filme Megatubarão em cartaz nos cinemas. A criatura pré-histórica do longa foi projetada com precisão realista de movimentos e design e em um tempo record a partir dos processadores de IA da Intel.
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A marca disputa com a NVIDIA pela liderança dessa tecnologia no campo dos computadores. E é um mercado importante. Segundo alguns especialistas, essa será uma das áreas em que haverá um maior crescimento no mercado de IA, já que as máquinas serão capazes de realizar tarefas aprendidas a partir de inteligência artificial.
Além de desenvolver recursos de animação, essa tecnologia tem gerado discussões ao produzir arte. A controvérsia vem na medida em que essa atividade é diretamente relacionado à criatividade e essência humanas. De toda forma, algoritmos e programas guiados pela IA já fazem pinturas e obras que estão em exposição e à venda em algumas galerias. Isso tem suscitado questionamentos a respeito da validade dessa proclamada “arte” e se a criatividade é uma qualidade restrita ao ser humano.
Um exemplo seria o quadro Edmond de Belamy, exposto na Christie’s Central London Gallery pertencente ao coletivo de arte francês Obvious, mas assinada por - e com - um algoritmo matemático. Na verdade, são dois algoritmos em competição entre si para realizar o aprendizado da máquina, consistindo num modelo chamado de Redes Geradoras Adversariais, ou Generative Adversarial Networks (GANs), resultado recente de pesquisas em machine learning.
Na prática, a rede neural geradora cria novas imagens imitando características das imagens do conjunto de dados de treinamento. A segunda rede, discriminadora, tem como objetivo avaliar se a imagem gerada pela primeira é real ou falsa tendo como base outras imagens reais recebidas. No final do treinamento, essa terá uma alta capacidade de distinguir dados (se são gerados ou reais), ao mesmo tempo em que aquela terá desenvolvido uma grande eficácia em produzir imagens bem próximas às reais, sendo capaz de enganar a discriminadora.
Esse modelo tem sido considerado por alguns como uma nova forma de arte, sendo que vários projetos artísticos foram desenvolvidos com base nesse tipo de tecnologia. E, apesar das controvérsias, é mais uma prova dos recentes avanços na área.
Se no âmbito das ciências humanas a aplicação da inteligência artificial gera resistências, na área da saúde ela soa promissora. O Facebook anunciou uma pesquisa em parceria com a Universidade de Nova York (NYU) para verificar a possibilidade de uso da IA na reconstrução de imagens de ressonância magnética de forma 10 vezes mais veloz e inovadora.
Assim como no modelo artístico, o algoritmo deste projeto, o “fastMRI”, deve ser treinado a partir de uma amostragem de 3 milhões de imagens de exames, em uma abordagem parecida com a que nós humanos processamos informações sensoriais. Se a conclusão for positiva, um exame que hoje demora até uma hora - em que o paciente deve ficar imóvel - duraria apenas 5 minutos.
Ainda são milhares as possibilidades e estudos para a aplicação da inteligência artificial, mas o que é certo é que todos devemos nos acostumar com essa tecnologia presente em todos os âmbitos de nossas vidas daqui pra frente.
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